O jornal Folha de Londrina do dia cinco de abril de 2011 traz uma reportagem do Felipe Branco Cruz que nos faz refletir sobre o “mundo virtual e real”, e a influencia que esses mundos têm na vida dos indivíduos que são também seres virtuais. O enlace dessas realidades nos faz questionar o que é real e o que é virtual, posto que fazemos partes desses dois mundos de forma direta e indireta.
O jornalista e escritor Lula Falcão nos conduz a uma viagem virtual e real através de uma de suas criações supostamente virtual. Lula apresentou aos seguidores de seu Twitter e em seu blog a vida de Maria Lúcia, uma mulher viciada em sexo virtual, vodka, literatura e miojo. Sua vida aparentemente conturbada pelos fracassos nos relacionamentos amorosos e em sua vida profissional foi acompanhada por várias pessoas, o sucesso da vida de Maria Lúcia transformou-se em um livro.
A repercussão que a personagem Maria Lúcia teve no Blog e no Twitter reforça a reapresentação da realidade no mundo virtual. A exploração do modo de produção capitalista, as seqüelas da questão social como a pobreza e o desemprego, estão sendo redimensionados pelo mundo virtual, os problemas sociais “caíram” na rede, mas muitas vezes são desfigurados por um senso cômico, mas como algumas pessoas dizem “seria cômico se não fosse trágico”, o preocupante é a influencia que esse lado cômico dos problemas sociais tem na vida dos indivíduos, independente de sua classe social.
A repercussão que os assuntos de extrema complexidade e que exige uma reflexão sobre a realidade social têm na vida das pessoas deve ser analisado de forma crítica. Não deixa de ser interessante abordar temas sobre a situação econômica e social que são compartilhadas por milhares de pessoas diariamente, todavia esses conteúdos devem apresentar uma dimensão que facilite sua analise, evitando a naturalização dos problemas apresentados.
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